Os custos fixos e custos variáveis são fundamentais para a segurança financeira da oficina. Saiba quais são os principais e como organizá-los de maneira prática e eficiente.
A organização financeira de uma oficina mecânica é uma tarefa desafiadora, pois envolve a gestão dos famosos custos fixos e variáveis.
Mais que isso, vale dizer que ela é essencial para o negócio e é importante que os gestores entendam a diferença entre esses dois tipos de custos para controlá-los e buscar uma boa rentabilidade.
Além disso, é fundamental manter as contas organizadas e atualizadas para que a oficina possa tomar decisões seguras e se proteger contra as possíveis baixas do mercado.
Neste texto, mostraremos como lidar com os custos fixos e variáveis da sua oficina mecânica e a importância de organizar as contas visando uma boa saúde financeira.
Custos fixos e custos variáveis: quais são as diferenças entre eles?
De maneira direta, os custos fixos de uma oficina mecânica são aqueles que permanecem iguais, independentemente da quantidade de serviços prestados ou da quantidade de produtos vendidos.
Eles serão essencialmente sempre os mesmos, não importando se a sua oficina produziu mais ou menos naquele mês, como por exemplo:
- aluguel do espaço;
- salários e encargos dos funcionários, como vale refeição e vale transporte;
- contas de serviços públicos, como eletricidade, água e gás;
- contas de internet, celular e outras tecnologias usadas na oficina;
- seguros, como seguro de responsabilidade civil, seguro de propriedade e seguro de saúde dos funcionários;
- manutenção e reparos regulares de equipamentos, como ferramentas e máquinas;
- impostos e tributações, como FGTS e INSS;
- pró-labore;
- provisões de férias e 13º;
- dentre outros.
Ou seja, custos fixos são contas que sua oficina tem que pagar independente do faturamento ou lucratividade.
E aqui, vai uma boa dica: quanto menor for seu custo operacional, melhor para sua organização. Se o custo fixo geral da sua oficina for baixo, sem que prejudique a qualidade dos serviços, menor será o peso dele todo mês.
Já os custos variáveis são o oposto: são os custos que dependem do tamanho da produção. Ou seja, eles variam conforme a quantidade de serviços realizados ou produtos vendidos na oficina.
Alguns exemplos de custos variáveis são:
- peças e materiais utilizados para reparar os veículos dos clientes;
- serviços de terceiros;
- eventuais imprevistos;
- comissões;
- publicidade e divulgação da oficina para atrair novos clientes;
- impostos sobre vendas e outras taxas relacionadas a transações comerciais;
- dentre outros.
Gastos ocasionais
Os gastos ocasionais podem ser entendidos também como variáveis, mas são um pouco diferentes na prática.
Aqui, estamos falando dos investimentos para sua oficina que surgem ocasionalmente. Por exemplo, comprar equipamentos para otimizar a rotina de trabalho dos funcionários. Às vezes, um novo equipamento pode ajudar a reduzir retrabalhos e no fim das contas “se pagar”, por mais caro que seja.
Ainda assim, esses são custos que também devem ser monitorados de perto pelo gestor. Até porque nem todo investimento tem garantia de retorno.
Alguns desses gastos incluem:
- estacionamento;
- manutenção de computadores;
- material de escritório;
- uniformes;
- EPIs;
- dentre outros.
Qual a importância de saber quais são os custos fixos, variáveis e ocasionais da sua oficina?
Ao controlar os custos fixos, você evita gastos desnecessários e garante que a oficina tenha recursos suficientes para honrar seus compromissos. Além disso, ao saber exatamente quanto se gasta mensalmente, é possível chegar a uma precificação mais justa e aumentar a margem de lucro.
Já o controle dos custos variáveis e todos gastos ocasionais é extremamente útil quando falamos em oportunidades para o negócio, pois é por meio dele que se pode pensar em expandir e melhorar, como investir em canais de divulgação, comprar novos equipamentos, inscrever os funcionários em cursos de capacitação ou promover melhorias na infraestrutura da oficina.
Melhore a organização financeira da sua oficina agora
Não existe um padrão sobre custos fixos e variáveis, pois eles podem alternar de uma oficina para outra. Por exemplo, enquanto a oficina A tem o aluguel como um custo fixo, a oficina B é proprietária do seu local, dispensando o pagamento de aluguel.
Além disso, alguns custos podem ser considerados híbridos, quando possuem parte fixa e variável. Pode ser o caso das contas de eletricidade ou água, dependendo do seu uso. Elas serão constantes, mas podem sofrer variações consideráveis caso a sua oficina faça mais serviços que exijam o uso de eletricidade ou água.
Use de referência os exemplos que colocamos acima e coloque no papel, na planilha ou no seu sistema de gestão, todos os custos da sua oficina. Com essas informações atualizadas, você consegue organizar as suas finanças e montar um bom planejamento.
Controlar gastos é um passo básico para que você tenha uma mecânica estável financeiramente e consiga ter uma boa margem de lucro com as vendas. Afinal, de que adianta ter uma alta entrada de caixa se a saída também é alta?
Então, comece agora a organizar suas finanças! Baixe gratuitamente esta planilha de custo fixo e variável e saiba como você pode melhorar a administração financeira da sua oficina.
