Reforma tributária para oficinas: o que muda e como se preparar em 2026

Gestor de oficina entendendo as mudanças da reforma tributária para oficinas mecânicas em 2026

Se você gerencia uma oficina mecânica, provavelmente já ouviu falar da reforma tributária que começa a ser implementada em 2026. E se ainda não ouviu, chegou a hora de prestar atenção: essa mudança vai impactar diretamente a forma como você emite notas fiscais, calcula preços, compra peças e gerencia seu negócio.

A reforma tributária para oficinas não é apenas mais uma mudança na legislação — é uma transformação profunda no sistema tributário brasileiro que promete simplificar o que hoje é complexo, mas que exige preparação. A boa notícia? Oficinas que se anteciparem e se organizarem agora terão vantagem competitiva significativa sobre aquelas que deixarem para se adaptar na última hora.

Neste guia completo, vamos traduzir toda a complexidade da reforma em informações práticas e acionáveis. Você vai entender exatamente o que muda, quando muda e, principalmente, o que fazer para preparar sua oficina sem dor de cabeça.

O que é a reforma tributária (em linguagem simples)

Antes de mergulharmos nos detalhes, vamos ao básico: como a reforma tributária afeta oficinas mecânicas? Para entender isso, precisamos primeiro compreender o que está mudando.

O cenário atual (até 2025)

Hoje, sua oficina lida com múltiplos impostos sobre serviços e compra de peças:

Sobre os serviços prestados:

  • ISS (Imposto sobre Serviços) – municipal, varia por cidade
  • PIS (Programa de Integração Social) – federal, 0,65% ou 1,65%
  • COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) – federal, 3% ou 7,6%

Sobre a compra de peças:

  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) – estadual, varia por estado
  • PIS e COFINS também incidem

Cada imposto tem suas próprias regras, alíquotas, prazos de recolhimento e obrigações acessórias. É um emaranhado burocrático que consome tempo, gera erros e dificulta a gestão.

O cenário futuro (a partir de 2026)

A reforma tributária vai substituir gradualmente esses cinco tributos por apenas dois:

IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): substitui ICMS e ISS, gerido por estados e municípios de forma unificada.

CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): substitui PIS e COFINS, gerido pela União.

A promessa é de simplificação radical: mesma alíquota para todos, não-cumulatividade plena (você desconta o que pagou de imposto nas compras) e transparência total na cadeia produtiva.

Por que isso foi criado?

O sistema tributário brasileiro é reconhecidamente um dos mais complexos do mundo. Empresas gastam milhares de horas por ano apenas para calcular e recolher impostos corretamente. A reforma busca:

Simplificar: reduzir de 5 para 2 tributos principais sobre consumo.

Unificar alíquotas: acabar com a “guerra fiscal” entre estados e a complexidade de múltiplas alíquotas.

Dar transparência: permitir que o consumidor final veja exatamente quanto de imposto está embutido no preço.

Estimular investimentos: menos burocracia significa menos custo de conformidade e mais eficiência econômica.

Para oficinas mecânicas, isso significa menos complexidade fiscal, mas também exige adaptação de sistemas, processos e precificação.

Como a reforma tributária afeta oficinas mecânicas

Agora vamos ao que realmente importa: os impactos práticos na sua operação diária.

1. Mudanças na emissão de notas fiscais

A forma como você emite notas fiscais vai mudar significativamente.

Formato das notas: o layout e os campos obrigatórios das NF-e (Nota Fiscal Eletrônica) e NFS-e (Nota Fiscal de Serviço Eletrônica) serão atualizados para incluir IBS e CBS separadamente, com destaque para os créditos tributários.

Cálculo automático: o sistema deverá calcular automaticamente IBS e CBS com base nas alíquotas nacionais padronizadas, eliminando a complexidade de alíquotas diferentes por estado/município.

Split payment (pagamento dividido): em muitas transações, o valor do imposto será automaticamente separado no momento do pagamento e direcionado ao governo. Isso significa que parte do valor que o cliente paga não chega à sua conta — vai direto para o Fisco.

Rastreabilidade total: cada nota fiscal gerará créditos tributários que podem ser abatidos nas suas compras. O sistema de gestão precisará controlar esses créditos com precisão.

A boa notícia é que sistemas de gestão modernos, como o Ultracar, já estão se preparando para essas mudanças. Com emissão de notas fiscais automatizada, você não precisa entender todos os detalhes técnicos — o sistema calcula e emite corretamente.

2. Impacto na precificação de serviços

A reforma vai exigir que você recalcule seus preços. Veja por quê:

Alíquota unificada: enquanto hoje você pode pagar ISS de 2% a 5% (dependendo da cidade) mais PIS/COFINS, com a reforma você pagará IBS+CBS que, somados, devem ficar em torno de 26,5% (alíquota padrão estimada pelo governo).

Mas atenção: isso não significa necessariamente aumento de carga tributária, porque:

Créditos tributários ampliados: você poderá abater o IBS e CBS pagos na compra de peças, equipamentos, energia, aluguel e outros insumos. Isso não acontece plenamente no sistema atual.

Transparência na cadeia: você saberá exatamente quanto de imposto seus fornecedores pagaram, facilitando o planejamento.

Exemplo prático:

Hoje: você vende um serviço de troca de óleo + filtro por R$200. Desse valor, recolhe aproximadamente R$10 de tributos (5% de ISS + PIS/COFINS simplificado). Mas não consegue abater o ICMS que já veio embutido na compra do óleo e do filtro.

Amanhã: você vende o mesmo serviço por R$200. Recolhe R$53 de IBS+CBS (26,5%). Porém, abate os R$15 de IBS+CBS que já vieram embutidos no óleo e filtro que você comprou. Resultado: recolhe efetivamente R$38, mas com muito mais transparência e simplicidade.

O impacto real no seu bolso dependerá do seu mix de serviços, margem de lucro e estrutura de custos. Por isso é fundamental entender seus custos reais e fazer uma gestão profissional.

3. Créditos tributários na compra de peças

Uma das maiores mudanças para as oficinas é o sistema de créditos tributários.

Como funciona hoje: quando você compra peças, paga ICMS embutido no preço. Mas dependendo do seu regime tributário (Simples Nacional, por exemplo), não consegue aproveitar esse crédito.

Como funcionará: todo IBS e CBS pago na compra de insumos, peças, ferramentas, equipamentos e até despesas operacionais (energia, aluguel) gerará crédito que pode ser abatido do imposto devido nas suas vendas.

Gestão de créditos: seu sistema de gestão precisará rastrear todos os créditos tributários acumulados e aplicá-los automaticamente nas apurações. Isso exige controle rigoroso de compras, estoque e notas fiscais de entrada.

Vantagem competitiva: oficinas organizadas que conseguirem gerenciar bem seus créditos tributários terão margem maior ou poderão praticar preços mais competitivos.

4. Split payment no recebimento

O split payment (pagamento dividido) é uma das novidades tecnológicas da reforma.

Como funciona: quando um cliente paga pelo serviço (cartão, PIX, boleto), o valor do imposto é automaticamente separado e enviado ao governo. Você recebe apenas o valor líquido.

Impacto no fluxo de caixa: você precisará ajustar suas projeções financeiras, porque o dinheiro que “passa pela sua mão” será menor. O imposto não ficará temporariamente na sua conta esperando o recolhimento.

Vantagem: você nunca mais terá o risco de “gastar o dinheiro do imposto” e ficar sem recursos para pagar as obrigações fiscais.

Desafio: exige planejamento financeiro mais preciso e controle de caixa rigoroso.

5. Relação com fornecedores

A transparência da reforma afeta toda a cadeia.

Notas de fornecedores: todas as notas fiscais de entrada (peças, materiais, serviços) virão com destaque claro de quanto IBS e CBS está embutido, gerando seus créditos.

Escolha de fornecedores: fornecedores organizados e que emitem notas corretamente se tornarão ainda mais valiosos, pois garantem seus créditos tributários.

Negociação: a transparência permite negociações mais claras sobre preços líquidos vs. preços com impostos inclusos.

Quando cada mudança acontece

A reforma não será implementada do dia para a noite. Há um cronograma de transição de 7 anos.

2026: Fase de testes

Alíquotas iniciais: IBS e CBS começam com 0,9% cada (total 1,8%), convivendo com os impostos atuais.

Objetivo: permitir que empresas e governos testem sistemas, processos e tecnologias.

O que fazer: este é o ano para começar a adaptação. Teste sistemas, treine equipe, entenda os novos cálculos.

2027: Início da transição

Alíquotas sobem: IBS e CBS passam para 3,6% cada (total 7,2%).

Redução parcial dos impostos antigos: PIS e COFINS começam a ser reduzidos proporcionalmente.

Coexistência: ainda há os impostos antigos + os novos, mas a tendência de substituição fica clara.

2028-2032: Transição gradual

Ano a ano, as alíquotas de IBS e CBS sobem enquanto ICMS, ISS, PIS e COFINS diminuem proporcionalmente.

2028: alíquotas aproximadas de IBS+CBS em 15% 2029: aproximadamente 20% 2030: aproximadamente 23% 2031: aproximadamente 25% 2032: aproximadamente 26,5% (alíquota final)

2033: Implementação completa

100% IBS e CBS: os impostos antigos deixam de existir completamente.

Sistema consolidado: todas as empresas, governos e sistemas estão adaptados.

O que isso significa para você: quanto antes começar a se preparar, mais tranquila será a adaptação. Oficinas que esperarem até 2032 enfrentarão correria, riscos e custos maiores.

Vantagens da reforma tributária para oficinas

Nem tudo é desafio. A reforma traz benefícios reais para quem se organiza.

1. Simplificação radical

Menos impostos para calcular: 5 tributos viram 2. Isso reduz drasticamente a complexidade da apuração fiscal.

Alíquota única: não importa em qual estado ou cidade você está — a alíquota é a mesma. Acabou a confusão de ISS variando por município e ICMS por estado.

Menos obrigações acessórias: com a unificação, espera-se redução significativa na quantidade de declarações, guias e documentos fiscais a enviar.

2. Transparência total

Você saberá exatamente quanto paga: a carga tributária ficará explícita em cada nota fiscal.

Clientes verão os impostos: cada nota mostrará claramente quanto de IBS e CBS está embutido no preço, aumentando a consciência tributária.

Controle da cadeia: você terá visibilidade sobre quanto de imposto seus fornecedores recolheram, facilitando auditoria e gestão.

3. Fim da guerra fiscal

Hoje, os estados oferecem benefícios fiscais para atrair empresas, criando distorções. Com a reforma, isso acaba.

Concorrência mais justa: todas as oficinas pagarão os mesmos impostos, independente da localização.

Menos planejamento tributário artificial: empresas não precisarão mais de estruturas complexas apenas para economizar impostos.

4. Créditos tributários ampliados

Não-cumulatividade plena: tudo que você compra para o negócio gera crédito tributário.

Redução da carga efetiva: embora a alíquota nominal pareça alta (26,5%), a carga efetiva será menor devido aos créditos.

Incentivo à formalização: comprar de fornecedores formais e com nota fiscal se torna ainda mais vantajoso.

5. Redução de burocracia

Estudos estimam que empresas brasileiras gastam 1.500 horas por ano apenas com obrigações fiscais. A reforma promete reduzir isso em 60% ou mais.

Menos tempo com impostos: mais tempo para focar no negócio, nos clientes, na qualidade dos serviços.

Menor custo de conformidade: menos necessidade de contratar assessoria especializada ou gastar com sistemas complexos.

Menos erros: sistema mais simples = menos chances de cometer erros e sofrer autuações.

Principais desafios (e como superá-los)

Junto com as vantagens, vêm desafios. Mas todos são superáveis com preparação.

Desafio 1: Adaptação de sistemas

O problema: seu sistema de gestão atual precisa ser atualizado para calcular IBS e CBS, gerenciar créditos tributários e emitir notas no novo formato.

A solução: escolha um sistema de gestão que já esteja se preparando para a reforma. O Ultracar mantém atualizações constantes da legislação fiscal, garantindo que você esteja sempre em conformidade sem precisar entender todos os detalhes técnicos.

O que fazer agora: se você ainda usa papel, cadernos ou planilhas, este é o momento de digitalizar. Se já tem sistema, verifique com o fornecedor o cronograma de adequação.

Desafio 2: Recálculo de preços

O problema: suas margens de lucro foram calculadas com base na carga tributária atual. Com a mudança, você precisa recalcular tudo.

A solução: faça um diagnóstico completo dos seus custos reais (peças, mão de obra, impostos, despesas fixas). Recalcule suas margens considerando a nova estrutura tributária e os créditos que você poderá aproveitar.

O que fazer agora: se você não sabe exatamente quanto sua oficina fatura e qual a margem real, comece por aí. Não dá para recalcular o que você não conhece.

Desafio 3: Gestão de créditos tributários

O problema: aproveitar créditos tributários exige controle rigoroso de todas as notas fiscais de entrada, registro correto no sistema e conciliação constante.

A solução: sistemas de gestão modernos fazem isso automaticamente. Cada nota fiscal de compra é registrada, os créditos são calculados e aplicados na apuração sem intervenção manual.

O que fazer agora: organize seu controle de compras e estoque. Exija notas fiscais de todos os fornecedores. Registre todas as entradas no sistema.

Desafio 4: Capacitação da equipe

O problema: sua equipe (você incluído) precisa entender minimamente como funciona o novo sistema tributário.

A solução: invista em treinamento. Não precisa virar especialista em tributos, mas precisa entender o básico de IBS, CBS, créditos e split payment.

O que fazer agora: acompanhe conteúdos educativos (como este), participe de webinars, converse com seu contador, peça treinamento ao fornecedor do seu sistema de gestão.

Desafio 5: Fluxo de caixa com split payment

O problema: com parte do pagamento indo direto para o governo, seu fluxo de caixa muda.

A solução: planejamento financeiro mais rigoroso, projeções realistas, reserva de emergência adequada.

O que fazer agora: se você não tem controle financeiro automatizado, implemente. Conhecer seu fluxo de caixa real é fundamental para se adaptar.

Exemplo prático: antes e depois da reforma

Nada melhor que um exemplo concreto para entender o impacto real.

Cenário: Revisão completa + troca de óleo

Serviço prestado:

  • Mão de obra: R$150,00
  • Óleo lubrificante: R$80,00 (custo de compra: R$50,00)
  • Filtro de óleo: R$40,00 (custo de compra: R$25,00)
  • Filtro de ar: R$60,00 (custo de compra: R$35,00)
  • Preço total ao cliente: R$330,00

Cálculo ANTES da reforma (sistema atual – Simples Nacional)

Impostos sobre o serviço:

  • Simples Nacional (alíquota efetiva ~10%): R$33,00

Impostos nas peças (já embutidos no custo de compra):

  • ICMS já pago pelo fornecedor: ~R$20,00 (não recuperável no Simples)

Total de impostos pagos: R$53,00 Lucro líquido aproximado: R$330,00 – R$110,00 (custos de peças) – R$ 33,00 (impostos diretos) = R$187,00 (bruto, ainda tem despesas fixas)

Cálculo DEPOIS da reforma (2033, regime pleno)

Impostos sobre o serviço:

  • IBS + CBS (26,5% sobre valor agregado):
    • Valor de venda: R$330
    • Custos com crédito (peças compradas): R$110
    • Base de cálculo: R$220 (valor agregado)
    • IBS + CBS: R$58,30

Créditos tributários das peças compradas:

  • IBS + CBS embutido nas peças: R$ 29,15 (26,5% de R$ 110)
  • Crédito a ser abatido: R$ 29,15

Imposto efetivamente pago: R$ 58,30 – R$ 29,15 = R$ 29,15

Total de impostos pagos: R$ 29,15 Lucro líquido aproximado: R$ 330 – R$ 110 (custos) – R$ 29,15 (impostos) = R$ 190,85

Análise comparativa

Sistema atual: R$ 53 de impostos → Lucro R$ 187 Sistema novo: R$ 29,15 de impostos → Lucro R$ 190,85

Neste exemplo, a reforma é vantajosa para a oficina, principalmente pela recuperação plena dos créditos tributários das peças. O lucro aumenta cerca de 2%.

Importante: este é um exemplo simplificado. O impacto real varia conforme:

  • Seu regime tributário atual
  • Proporção entre serviços e venda de peças
  • Margem de lucro praticada
  • Estrutura de custos fixos

Por isso é essencial fazer simulações personalizadas com seu contador e sistema de gestão.

Como se preparar para a reforma tributária em 2026

Chegou a parte mais importante: o que fazer agora para estar preparado.

Passo 1: Organize sua gestão fiscal hoje

Antes de pensar na reforma, você precisa ter controle do que já existe.

Ações práticas:

  • Certifique-se de que todas as notas fiscais estão sendo emitidas corretamente
  • Exija notas fiscais de todos os fornecedores
  • Organize arquivo digital de notas (entrada e saída)
  • Regularize pendências fiscais antigas
  • Verifique se todos os cadastros (Receita Federal, Estado, Município) estão atualizados

Por que agora: as oficinas desorganizadas fiscalmente hoje terão o dobro de trabalho para se adaptar à reforma. Quem já está organizado fará a transição naturalmente.

Passo 2: Invista em sistema de gestão atualizado

A reforma só será gerenciável com tecnologia adequada.

O que procurar em um sistema:

  • Emissão de notas fiscais integrada e atualizada
  • Módulo financeiro robusto
  • Controle de estoque com registro de notas de entrada
  • Cálculo automático de impostos
  • Gestão de créditos tributários
  • Relatórios fiscais completos
  • Fornecedor que garanta atualizações conforme a legislação

O Ultracar oferece tudo isso e se compromete a manter o sistema sempre atualizado com as mudanças da reforma tributária. Você não precisa ser especialista em impostos — o sistema cuida disso por você.

Passo 3: Entenda seus custos reais

Você não consegue recalcular preços sem conhecer seus custos.

Ações práticas:

  • Calcule o custo real de cada tipo de serviço (peças + mão de obra + rateio de custos fixos)
  • Identifique sua margem de lucro atual por serviço
  • Entenda quanto você paga de impostos efetivamente hoje
  • Mapeie todas as despesas que podem gerar créditos tributários na reforma

Ferramenta: sistemas de gestão geram relatórios de custos e margens automaticamente. Se você não tem essa visão hoje, está gerenciando no escuro.

Passo 4: Revise sua tabela de preços

Com os custos mapeados, simule o impacto da reforma.

Ações práticas:

  • Trabalhe com seu contador para simular a carga tributária pós-reforma
  • Calcule quanto de crédito tributário você conseguirá recuperar
  • Ajuste preços se necessário (para mais ou para menos)
  • Comunique mudanças aos clientes com antecedência e transparência

Dica: a reforma pode ser oportunidade para revisar toda sua estratégia de precificação e torná-la mais competitiva.

Passo 5: Capacite sua equipe

Mudanças só funcionam quando todos entendem o que está acontecendo.

Ações práticas:

  • Explique a reforma em linguagem simples para sua equipe
  • Treine todos no uso do sistema de gestão
  • Designe um responsável para acompanhar atualizações da legislação
  • Faça reuniões periódicas de alinhamento

Parceiro fundamental: conte com seu contador. Ele é peça-chave nessa transição.

Passo 6: Acompanhe as atualizações

A legislação da reforma ainda está sendo regulamentada. Novos detalhes surgem constantemente.

Ações práticas:

  • Siga fontes confiáveis (Receita Federal, SEBRAE, seu contador)
  • Participe de webinars e treinamentos
  • Mantenha contato próximo com o fornecedor do seu sistema de gestão
  • Revise seu planejamento trimestralmente

O papel da tecnologia na adequação fiscal

Não há como atravessar a reforma tributária sem tecnologia adequada. Vejamos por quê.

Sistema de gestão como facilitador

Um bom sistema de gestão resolve os principais desafios da reforma:

Cálculos automáticos: IBS e CBS calculados automaticamente em cada nota fiscal, sem erro humano.

Gestão de créditos: o sistema rastreia todas as notas de entrada, calcula os créditos tributários acumulados e os aplica automaticamente nas apurações.

Emissão fiscal sempre atualizada: quando houver mudanças no layout das notas ou nas regras, o sistema é atualizado automaticamente. Você não precisa fazer nada.

Relatórios de conformidade: visualize rapidamente se está tudo certo com suas obrigações fiscais, quanto de crédito tem disponível, qual a carga tributária efetiva.

Integração com contabilidade: exportação de dados para seu contador no formato que ele precisa, facilitando a apuração e o cumprimento de obrigações acessórias.

Ultracar: preparada para a reforma

O Ultracar está se preparando ativamente para a reforma tributária:

Atualizações garantidas: compromisso de manter o sistema sempre em conformidade com a legislação, sem custo adicional para você.

Módulo fiscal robusto: emissão de NF-e e NFS-e com cálculo automático de todos os tributos, incluindo IBS e CBS quando entrarem em vigor.

Controle de créditos tributários: funcionalidade dedicada para gestão de créditos, com total visibilidade do que você tem disponível e quanto está sendo aproveitado.

Dashboards fiscais: acompanhe sua carga tributária, compare períodos, identifique oportunidades de economia.

Suporte especializado: equipe preparada para tirar dúvidas e ajudar na transição, com linguagem acessível e foco na realidade de oficinas.

Com mais de 430 funcionalidades e controle financeiro completo, o Ultracar transforma complexidade fiscal em gestão simples e eficiente.

Checklist de preparação trimestral

Para facilitar sua organização, aqui está um roteiro prático trimestral.

Q4 2025 (Out-Dez): Diagnóstico e preparação

Outubro:

  • Faça levantamento completo da situação fiscal atual
  • Verifique se todas as notas estão sendo emitidas corretamente
  • Organize arquivo digital de documentos fiscais
  • Agende reunião com contador para discutir a reforma

Novembro:

  • Mapeie todos os seus custos reais por tipo de serviço
  • Identifique margem de lucro atual
  • Liste todos os fornecedores e verifique regularidade fiscal deles
  • Se ainda não tem, escolha e implemente sistema de gestão

Dezembro:

  • Simule impacto da reforma nos seus preços
  • Faça projeção de fluxo de caixa considerando split payment
  • Defina metas e orçamento para 2026
  • Comunique mudanças à equipe

Q1 2026 (Jan-Mar): Início dos testes

Janeiro:

  • Acompanhe implementação da alíquota teste (0,9% + 0,9%)
  • Verifique se seu sistema de gestão está atualizado
  • Emita primeiras notas com IBS e CBS (mesmo que simbólico)
  • Treine equipe no novo sistema

Fevereiro:

  • Analise primeiras apurações com IBS e CBS
  • Identifique dúvidas e busque esclarecimentos
  • Ajuste processos internos se necessário
  • Reforce controle de notas de entrada (para créditos)

Março:

  • Faça balanço do primeiro trimestre
  • Avalie funcionamento do sistema e processos
  • Identifique pontos de melhoria
  • Planeje ajustes para próximo trimestre

Q2-Q4 2026: Consolidação e ajustes

Abril a Dezembro:

  • Acompanhe mensalmente indicadores fiscais
  • Mantenha controle rigoroso de créditos tributários
  • Ajuste preços conforme necessário
  • Capacite novos colaboradores
  • Participe de atualizações e treinamentos
  • Revise processos e busque otimizações
  • Prepare-se para aumento de alíquotas em 2027

Mitos e verdades sobre a reforma tributária

Há muita desinformação circulando. Vamos esclarecer.

Mito 1: “A reforma vai aumentar muito os impostos”

Realidade: a reforma não tem como objetivo aumentar a carga tributária total do país, mas sim torná-la mais transparente e eficiente. Para alguns segmentos pode haver aumento, para outros redução. No caso de oficinas, a possibilidade de aproveitar créditos tributários pode até reduzir a carga efetiva.

Mito 2: “Só empresas grandes precisam se adaptar”

Realidade: a reforma afeta TODAS as empresas que emitem notas fiscais, independente do porte. Oficinas pequenas, médias ou grandes — todas precisam se preparar. Aliás, empresas menores têm menos estrutura e por isso precisam começar antes.

Mito 3: “É muito complexo, impossível de entender”

Realidade: a reforma é complexa para quem elabora a legislação, mas pode ser simples para quem usa. Com tecnologia adequada, você não precisa ser especialista. O sistema calcula, emite e controla tudo automaticamente.

Mito 4: “Vou poder aumentar preços e culpar a reforma”

Realidade: a transparência da reforma torna isso difícil. Clientes verão exatamente quanto de imposto está embutido. Além disso, concorrentes organizados que aproveitarem bem os créditos tributários podem até reduzir preços. A reforma premia eficiência, não desculpas.

Mito 5: “Tenho contador, não preciso me preocupar”

Realidade: seu contador é parceiro fundamental, mas a gestão diária é sua. Você precisa emitir notas corretamente, registrar compras, controlar créditos. O contador faz a apuração e as obrigações acessórias, mas o dia a dia é responsabilidade sua.

Verdade 1: “Simplifica gestão no longo prazo”

Confirmado: depois da transição, você terá apenas 2 impostos para gerenciar em vez de 5. Menos declarações, menos obrigações, menos burocracia.

Verdade 2: “Quem se preparar sai na frente”

Confirmado: oficinas organizadas que se adaptarem cedo terão vantagem competitiva. Poderão precificar melhor, aproveitar mais créditos, ter menos custos de adequação.

Verdade 3: “Tecnologia é obrigatória”

Confirmado: não há como gerenciar IBS, CBS, créditos tributários e split payment manualmente. Sistema de gestão deixa de ser “diferencial” para se tornar “obrigatório”.

Glossário: termos essenciais da reforma

Para você não se perder nas conversas técnicas:

IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): novo tributo que substitui ICMS e ISS. Gerido por estados e municípios de forma unificada. Incide sobre o consumo de bens e serviços.

CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): novo tributo federal que substitui PIS e COFINS. Mesma lógica do IBS, mas a arrecadação vai para a União.

Split payment: mecanismo de pagamento dividido. Quando o cliente paga, o valor do imposto é automaticamente separado e enviado ao governo. Você recebe apenas o valor líquido.

Não-cumulatividade: sistema onde você pode abater o imposto pago nas compras do imposto devido nas vendas. Evita cobrança “em cascata”.

Crédito tributário: valor de IBS e CBS que você pagou em compras e pode abater do que deve em vendas. Por exemplo: comprou peças e pagou R$100 de IBS/CBS embutido → esse valor vira crédito que reduz o que você paga nas suas vendas.

Alíquota padrão: percentual de imposto aplicado sobre o valor da operação. Na reforma, será unificado nacionalmente (estimativa: 26,5% somando IBS + CBS).

Transição gradual: período de 2026 a 2033 em que os impostos novos e antigos convivem, com aumento gradual dos novos e redução dos antigos.

Regime não-cumulativo: sistema onde há direito pleno a créditos tributários. Oposto ao cumulativo (como Simples Nacional hoje), onde não há direito a crédito.

Prepare sua oficina para o futuro fiscal

A reforma tributária para oficinas é uma das maiores transformações que o setor automotivo viverá nos próximos anos. Pode parecer assustadora à primeira vista, mas vista com clareza, é uma oportunidade de modernização, simplificação e profissionalização.

Oficinas que se anteciparem, organizarem sua gestão fiscal, investirem em tecnologia e entenderem as novas regras não apenas sobreviverão à mudança — prosperarão com ela. Terão gestão mais eficiente, carga tributária potencialmente menor (com aproveitamento de créditos), menos burocracia e mais competitividade.

Por outro lado, oficinas que deixarem para se adaptar na última hora enfrentarão correria, riscos de erro, autuações e perda de competitividade. A reforma não é opcional — vai acontecer. A escolha é sua: se preparar com antecedência ou sofrer na última hora.

O momento de agir é agora. 2026 parece distante, mas a preparação exige tempo. Organize suas finanças, digitalize sua gestão, entenda seus custos, capacite sua equipe. Cada passo dado hoje é uma tranquilidade conquistada para amanhã.

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