Um dos maiores desafios das empresas familiares é o processo sucessório. “Passar o bastão” para um filho ou sobrinho é uma tarefa árdua, mesmo quando os jovens têm fome de aprendizado e querem fazer um bom trabalho.
Na oficina familiar, ou funilaria familiar, a forma como essa transição é feita, é o que dará segurança para o negócio, permitindo que a empresa continue gerando lucro e não sinta um grande impacto da saída do “antigo dono”.
Pensando nisso, nós, da Ultracar, decidimos falar com você sobre alguns pontos importantes desse processo de gestão familiar dentro do seu negócio.
Principais problemas do processo sucessório
Uma das coisas que você quer evitar, com certeza, é que sua oficina, ou funilaria, perca forças após o processo sucessório. Contudo, essa tarefa exige atenção a alguns pontos importantes.
O sucessor não teve a mesma trajetória que o dono
Um problema comum acontece quando o filho, ou o sobrinho, já entram no negócio da família em cargos altos. Como essas pessoas não tiveram a oportunidade de “fazer de tudo um pouco”, como provavelmente aconteceu com você, elas falham em perceber aspectos importantes do trabalho e correm o risco de tomar decisões pouco eficientes.
Características comportamentais inadequadas
Quem cria um negócio e faz ele crescer como fruto do próprio esforço tende a adquirir algumas habilidades. Se você foi o responsável por abrir sua oficina, sabe como no início teve que aprender a lidar com clientes, com funcionários e até mesmo com fornecedores.
Provavelmente você enfrentou vários problemas e eles serviram de lição para que você não repita os mesmos erros. Essas “pedras no caminho” são o que fizeram você ter a simpatia, carisma e sua forma própria de trabalhar.
Seu filho ou sobrinho, por outro lado, não teve a mesma oportunidade e talvez ele falhe nessas questões comportamentais e perca importantes parcerias e clientes.
Falta de planejamento na empresa familiar
O processo sucessório é algo que precisa ser feito ao longo de anos. Para isso, o planejamento é fundamental.
Mas outro erro bastante comum em empresas com gestão familiar é essa falta de planejamento. Em alguns casos o jovem não recebe a preparação completa e é “jogado” na posição de liderança — nem precisamos dizer que essa é a receita para um possível fracasso, não é mesmo?
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Como fazer o processo sucessório com segurança?
Entendidos os pontos negativos, chegou a hora de falarmos sobre o que importa: como “passar o bastão” e deixar com que as novas gerações assumam a liderança do seu negócio sem prejudicar as conquistas que a empresa conseguiu até o momento.
Ensine cada detalhe da empresa
Você provavelmente teve a oportunidade de colocar as “mãos na massa” durante sua carreira, certo? Você conhece cada pedaço da sua oficina: desde como receber, e conhecer, os clientes até fazer os trabalhos técnicos, contratar pessoas e até mesmo demitir.
Seu sucessor talvez não tenha a oportunidade de passar por cada uma dessas áreas. Mesmo assim, ele precisa conhecê-las. Ele tem que entender como sua oficina, ou funilaria, funciona. Então, ensine para ele. Leve-o para conhecer o negócio e não poupe esforços para ensinar.
Treine o comportamento do sucessor
Sabe aquela história de carisma, boa negociação e instinto para liderança? Bom, tudo isso pode ser aprendido. Talvez você tenha conquistado essas habilidades antes mesmo de abrir seu negócio, talvez tenha conquistado ao longo dos anos na gestão. Independentemente de qual seja o caso, você aprendeu.
Logo, seu sucessor também pode, se tiver a oportunidade, desenvolver essas habilidades. Antes de colocar seu filho ou sobrinho para assumir algo, veja se ele tem o perfil para ficar no seu lugar. Caso a resposta seja não, treine ele para ter as competências necessárias.
Planeje a sucessão com antecedência
Não queira fazer o processo sucessório em uma semana. Para que ela seja bem feita é necessário ao menos um ou dois anos de experiência — veja o processo de Trainee das grandes empresas para entender o que estamos falando.
Pense nas habilidades e competências que seu sucessor precisa desenvolver, convide-o para a empresa e comece a treiná-lo diariamente, apresentando problemas reais e dando trabalhos supervisionados para que ele possa aprender, na prática, a fazer o mesmo que você faz hoje.
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