Por: Fábio Moraes
Em tudo que escutamos referente ao setor automotivo, duas palavras tem se destacado: “gestão e meio ambiente”.
A primeira porque se refere à essência daquilo que é necessário para se conduzir uma oficina nos dias de hoje. Sem gestão a oficina não sobrevive.
E a segunda pelo apelo mundial na preservação ambiental e pelo despertar da consciência das pessoas na necessidade de cuidarmos um pouco mais do espaço onde vivemos.
Qual a relação entre gestão e meio ambiente?
O mercado automotivo relativamente é ingrato. Quanto mais as margens de lucro diminuem, mais aparecem situações que, um primeiro momento, acreditamos ser custos que não podemos absorver no contas a pagar de nossa oficina.
Para entendermos melhor um pouco a relação que existe entre gestão e meio ambiente vamos entender refletir um pouco.
Percebemos que o volume de carros novos comercializados será, em 2009, muito próximo aos números de 2008. Isso significa que teremos um volume cada vez maior de veículos circulando nas ruas e sujeitos a problemas e colisões.
Outro número interessante é que a venda de comerciais leves, caminhões e ônibus diminuíram em decorrência da crise mundial, já que um dos setores que mais foi afetado foi a mineração e siderurgia. Neste quadro vemos o total geral do Brasil além de destacarmos os 10 primeiros.
Frota:
- Hoje: 88,36% dos veículos produzidos são Flex-Fuel
- 2012: previsão de 50% da frota nacional seja Flex
Isso representa 73% a menos de CO2. Veja abaixo:
- Fiat: Produziu 265.951 (jan a maio) automóveis – Desses: 223.193 (flex-fuel)
- Ford: Produziu 105.189 (jan a maio) automóveis – Desses: 85.016 (flex-fuel)
- GM: Produziu 190.916 (jan a maio) automóveis – Desses: 168.012 (flex-fuel)
- VW: Produziu 257.097 (jan a maio) automóveis – Desses: 235.272 (flex-fuel)
Passa a ser nossa responsabilidade entendermos cada vez mais das novas tecnologias que são disponibilizadas pelos veículos e ao mesmo tempo ter ferramentas que possam facilitar o trabalho dos nossos funcionários.
Nessa hora temos que “correr” atrás de cursos promovidos pelas entidades do setor (Senai, Sindirepas, etc).
Oficinas no Brasil: 90mil (Sindirepa-SP, Sindirepa-MG)
- 40% área motor (alimentação, elétrica, eletrônica, climatização, etc)
- 35% área plataforma (undecar-freio, suspensão, direção, exaustão, transmissão)
- 25% carroçaria (funilaria e pintura)
Estes números são aproximados, mas bem próximo da realidade nacional. Agora, se fizermos uma conta básica podemos acreditar que existe carro suficiente para todas as oficinas.
O que mudou e continua mudando é o apelo que a oficina vai usar para fidelizar o cliente. Hoje os dois mais fortes são: uma boa gestão e o cuidado com o meio ambiente.
Nos dois pontos de partida é a mudança cultural do proprietário da oficina, em querer fazer acontecer. Em entender que os clientes de hoje e principalmente os do futuro, conduzirão seus veículos para serem reparados nas oficinas que eles sentem que se preocupam e demonstram publicamente com a qualidade no atendimento, nos serviços e no cuidado com o meio ambiente.